segunda-feira, 28 de junho de 2010

Na TV, Dilma defende reforma política

Estadão

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje ser contra as doações ocultas, prática por meio da qual as empresas fazem doações aos partidos políticos, e não diretamente aos candidatos. "Sou a favor de doações bastante explícitas e transparentes", afirmou, em resposta ao apresentador do programa "Roda Viva", Heródoto Barbeiro. O programa está sendo transmitido ao vivo pela internet e será exibido às 22h pela TV Cultura. A ex-ministra-chefe da Casa Civil disse ser a favor de uma reforma política que trate dessa questão, do voto em lista e do financiamento público de campanhas eleitorais. Para ela, o ideal seria a criação de uma Assembleia Constituinte específica para aprovar a reforma política. "Sou a favor de uma reforma política. Acho que o Brasil precisa de uma reforma política em que haja financiamento público de campanha e voto em lista."

domingo, 20 de junho de 2010

TREs serão mais rigorosos na fiscalização

Presidentes dos tribunais dão máxima atenção à inelegibilidade de fichas-sujas

Moacir Assunção - O Estado de S.Paulo

Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de todo o País se preparam para, em ritmo de Ficha Limpa, aumentar a fiscalização sobre candidatos e partidos nessas eleições. O máximo rigor no controle foi a principal resolução do 49.º Encontro do Colégio de Presidentes de TREs, que ocorreu em São Paulo na semana passada.

Temas como a inelegibilidade de políticos condenados por colegiados da Justiça - os chamados fichas-sujas -, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), doações ocultas de partidos para candidatos e a propaganda eleitoral devem atrair a atenção dos técnicos dos TREs. O objetivo: dificultar a ação de transgressores e garantir punição.

"Independente da aprovação da Ficha Limpa, a Lei 135/2010, todos os TREs já haviam recebido orientação para solicitar certidões judiciais de todos os candidatos", disse o presidente do Colégio, que reúne os 27 tribunais regionais, o desembargado Luiz Carlos Santini, que é presidente do TRE do Mato Grosso do Sul.

"Quanto à propaganda eleitoral, a determinação é que observemos estritamente o que está expresso na lei para evitar que algum candidato se beneficie, em detrimento dos outros."

Por conta desse maior rigor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu cinco multas da Justiça Eleitoral por ter feito propaganda antecipada da candidata petista à sua sucessão, Dilma Rousseff.

O PSDB de José Serra, por sua vez, foi multado por manter o site Gente que mente, acusado de fazer propaganda negativa contra a petista.

Favorável à Lei da Ficha Limpa, Santini considera que não haverá problemas para sua aplicação integral nesta eleição. "A lei representa a vontade da população de que os chamados candidatos fichas-sujas sejam proibidos de participar", afirmou.

Em julgamento na quinta-feira passada, o TSE determinou - por 6 a votos a 1 - que a Ficha Limpa vale também para condenados antes da sanção da lei, ocorrida em 4 de junho.

A decisão pôs fim à polêmica sobre o texto final do projeto aprovado no Congresso, que sofreu uma alteração proposta pelo deputado Francisco Dornelles (PP-RJ).

Havia dúvidas se a lei atingiria políticos com condenações prévias ou somente os que fossem condenados a partir da sanção.

Na prática, a Justiça Eleitoral terá de analisar caso a caso para aferir quem será atingido pela lei. Se confirmar que o candidato não tem condições de participar das eleições, negará o registro de candidatura.

Recursos. Com relação às doações ocultas, o desembargador disse haverá maior rigor.

"Antes, o partido recebia doações, que eram repassadas aos candidatos, e não tinha de explicar sua origem. Agora, esse dado terá de constar na prestação de contas da legenda e do pretendente", explicou.

A decisão atende a uma resolução do TSE.

Segundo Santini, o Ministério Público receberá imediatamente a informação sobre doação que ultrapasse os limites estabelecidos na lei - 10% do rendimento das pessoas físicas e 2% do faturamento global das empresas.

A ideia, de acordo com ele, é estabelecer um princípio no qual os partidos prefiram ter 5 milhões de doadores, contribuindo com R$ 5 cada pela internet, em vez de apenas cinco oferecendo R$ 1 milhão.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ficha Limpa deve atingir políticos de peso

Folha de S.Paulo
A entrada em vigor da Lei do Ficha Limpa pode suspender projetos eleitorais de políticos de peso, como Anthony Garotinho (PR), Paulo Maluf (PP), Jackson Lago (PDT-MA) e Joaquim Roriz (PSC).
Segundo a legislação, fica inelegível, por oito anos, o político que renunciou para escapar de cassação, e aquele condenado por crimes eleitorais, lavagem e ocultação de bens, improbidade administrativa, entre outros.
A legislação permite que o candidato que tiver o registro negado recorra. Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) preveem um acúmulo de ações na Justiça Eleitoral.
O entendimento do TSE atinge o deputado Paulo Maluf (PP-SP), condenado pela 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo por improbidade administrativa. Ele é acusado de superfaturar a compra de frangos quando era prefeito de São Paulo.
A legislação também ameaça Anthony Garotinho (PR). Em maio, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro tornou Garotinho, pré-candidato ao governo, inelegível por três anos. Ele é acusado de ter cometido abuso de poder econômico em 2008.
Aqueles políticos que nos últimos anos renunciaram aos seus mandatos para escapar de punição ficarão inelegíveis. É o caso de parlamentares que renunciaram por envolvimento no mensalão, como Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Paulo Rocha (PT-PA). Ou do ex-senador Joaquim Roriz (PSC-DF), favorito na disputa pelo governo do Distrito Federal, que renunciou após denúncias de corrupção.
O tribunal, no entanto, deixou em aberto a situação dos governadores cassados. O TSE cassou três em 2009: Jackson Lago (PDT-MA), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que além de perderem o mandato, ficaram inelegíveis por três anos a contar da eleição. Na sessão de anteontem, os ministros afirmaram que os casos deles serão resolvidos individualmente no momento da análise do registro, que pode ocorrer até 5 de julho.

Candidato à Presidência pelo PSOL pede saída de Heloísa Helena do comando do partido (Pastora Paim)

Uol/LB
Candidato do PSOL à Presidência da República, o advogado Plínio de Arruda Sampaio criticou nesta sexta-feira (18) sua colega de partido, Heloísa Helena, "que se especializa em criar constrangimentos" para a sigla.
A ex-petista disse ter sido "usada" pela legenda quando disputou o Palácio do Planalto em 2006 e elogiou a presidenciável Marina Silva (PV). A afirmação não agradou ao presidenciável do PSOL.
"Se Heloísa tiver declarado apoiar outra candidatura, não pode seguir na presidência do PSOL por não defender a política do partido", rebateu Plínio em seu twitter.
Heloísa disse ainda que já deu sua "cota de sacrifícios" para a sigla em âmbito nacional. “Agora é a vez de me dedicar ao povo de Alagoas", afirmou, ao ser questionada se iria dar apoio a candidatura de Plínio.
As declarações foram dadas durante a convenção do PSOL de Alagoas, que oficializou a candidatura de Heloísa ao Senado. No evento, ela disse que Marina Silva é sua "candidata do coração".
Marina concorre pelo PV, partido que chegou a negociar uma chapa em conjunto com alagoana. "A direção nacional se reunirá para discutir as declarações atribuídas a Heloísa Helena, que se especializa em criar constrangimentos ao PSOL", atacou Plínio por meio de do microblog.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Comissão da Câmara aprova proposta de plebiscito sobre reforma política (Danuza Peixoto)

DA AGÊNCIA CÂMARA




A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou nesta quarta-feira a proposta do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) de plebiscito para consultar a população brasileira sobre a votação de uma reforma política pelo Congresso Nacional na próxima legislatura (2011-2014).



Segundo o projeto, esse plebiscito seria organizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e realizado no mesmo dia do 1º turno das eleições deste ano, em 3 de outubro.



O relator, deputado Charles Lucena (PTB-PE), afirmou que, como está previsto no Orçamento da União de 2010 um montante de R$ 549 milhões para a realização do pleito deste ano, a proposta de Jungmann pode ser considerada adequada financeiramente.



Caso a projeto seja aprovado, o eleitor terá de responder à seguinte pergunta: "O Congresso Nacional deve aprovar uma reforma política que promova maior transparência, controle social e o combate efetivo à corrupção?".



Se a maioria simples responder "sim", os parlamentares eleitos em 2010 deverão votar a reforma já em 2011.



Para Jungmann, ao analisar o tema a partir da demanda popular, o Congresso poderá retomar seu papel político e institucional em relação a um assunto que tem sido decidido pelo Poder Judiciário nos últimos anos. Ele lembrou que várias propostas de reforma política tramitam na Câmara, algumas há mais de dez anos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

PT entra com representação contra PPS e José Serra (Pastora Simone Paim)

Agência Brasil O PT entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o PPS e o ex-governador José Serra, cuja candidatura à Presidência da República pelo PSDB foi oficializada sábado (12). A acusação é de propaganda eleitoral antecipada e divulgação de imagem pessoal durante o programa nacional do PPS, veiculado na semana passada em cadeia de rádio e televisão.
Conforme o PT, o conteúdo apresentado pelo PPS “contraria sobremaneira as normas que regem a propaganda partidária", que determimam a divulgação exclusiva do programa e da proposta política do partido. O PT diz que foi nítida a realização de propaganda eleitoral antecipada, bem como a divulgação de imagem pessoal de José Serra, uma vez que o então pré-candidato ocupou parte significativa do programa.
Segundo o presidente nacional do PPS, Roberto Freire,a legislação não foi desrespeitada. “O PT está querendo agora tentar colar nos outros aquilo que era sua marca, de desrespeito à lei”, afirmou Freire. Ele disse que o PPS deu conhecimento à sociedade de seus hábitos e sua política, com a veiculação de imagens de eventos próprios ou em conjunto com outros partidos. “Não tenho dúvida de que tribunal vai reconhecer que fizemos o que é permitido pela lei.”
O programa nacional do PPS, com duração de dez minutos, veiculou declarações de Serra em três momentos. O primeiro evento foi o Congresso Nacional do PPS, realizado em agosto de 2009 no Rio de Janeiro, que também contou com a presença dos candidatos ao Senado Aécio Neves (PSDB-MG) e Fernando Gabeira (PV-RJ).
O segundo evento foi um encontro que reuniu o PSDB, o Dem e o PPS em Brasília em abril deste ano. Declarações feitas por Serra na ocasião também foram usadas no programa nacional do DEM, que já foi contestado no TSE. A última participação de Serra em evento do PPS divulgada no programa foi no dia 21 de maio, em São Paulo, na reunião do Diretório Nacional do partido.
Para o advogado do PSDB, José Eduardo Alckmin, Serra não participou do programa do PPS. “Ele não posou para as câmeras, nem falou especificamente para o programa, como o Lula fez”, argumentou.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PDT presente! Na campanha de Dilma, Presidente! (Pastora Simone Paim)


Em convenção do PDT, Dilma diz que Lula é continuidade de Getúlio e Brizola
JORNAL LUZILÂNDIA
13/06/1
O PDT realizou na manhã deste sábado, 12, em São Paulo, sua Convenção Nacional. O evento formalizou o apoio da leganda à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.
Em seu discurso, Dilma lembrou sua militância dentro do PDT e também fez referência à história do trabalhismo, citando as trajetórias de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, fundador do PDT. ”Nós podemos dizer hoje que somos a continuidade desse processo”, afirmou. Os discursos de Dilma e de Mercadante foram breves. A comitiva do PT deixou logo o Espaço das Américas, onde aconteceu o evento. Dilma participa ainda hoje da convenção nacional do PMDB, em Brasília.
Além da convenção, foram celebrados os 30 anos de fundação do PDT. Dilma esteve presente ao evento ao lado do candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, de Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB), que disputarão as vagas paulistas no Senado. Também estiveram presentes lideranças do PDT, como o deputado federal Paulo Pereira, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, que comandou a festa do PDT, e os senadores Cristovam Buarque (DF) e Osmar Dias (PR).
Fonte: JL/AE
Reportagem publicada no site www.jornalluzilandia.com.br

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Senadores aprovam projeto que determina três anos de filiação partidária para disputar eleições

do UOL Notícias

Priscilla Mazenotti
Da Agência Brasil
Em Brasília

Projeto que aumenta o rigor quanto à fidelidade partidária foi aprovado hoje (2) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Pela proposta, quem quiser concorrer a cargos eletivos precisará estar filiado a partido político pelo menos três anos antes da data das eleições.

O prazo, no entanto, não será válido em casos de fusão ou criação de partido, desvio de programa partidário e discriminação pessoal que torne impossível a convivência na legenda. A lei atual determina que o candidato esteja filiado a partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições.

A proposta determina ainda a perda automática do mandato para o parlamentar que deixar o partido pelo qual tiver sido eleito. “O troca-troca de partidos desrespeita, acima de tudo, a vontade do eleitor e representa, na realidade, uma espécie de fraude eleitoral”, justifica o autor do projeto, senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

A matéria segue para análise da Câmara dos Deputados.

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