quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Câmara aprova projeto que dificulta fusão de partidos

26/2/2015 11:03
Por Redação, com ABr - de Brasília
A fusão somente poderá ocorrer após cinco anos de obtenção do registro definitivo da legenda no TSE
A Câmara aprovou, na noite de quarta-feira, projeto de lei que dificulta a fusão de partidos políticos, ao admitir que a fusão somente poderá ocorrer após cinco anos de obtenção do registro definitivo da legenda no Tribunal Superior Eleitoral. De autoria do líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o projeto será agora analisado pelo Senado.
O relator da matéria, deputado Sandro Alex (PPS-PR), incluiu dispositivo no texto aprovado para garantir que um novo partido, surgido de uma fusão, não levará o tempo de propaganda no rádio e na televisão e os recursos do Fundo Partidário, vinculados a deputados que mudaram de legenda.
O texto que será analisado pelo Senado também cria uma espécie de janela de 30 dias para que um político com mandato possa migrar para nova legenda resultante de fusão de outros partidos.
Vários parlamentares criticaram as mudanças apresentadas, que dificultam a fusão de partidos, e chegaram a pedir mais prazo para analisar a matéria, que acabou sendo aprovada pelo plenário. No entanto, a grande maioria defendeu e votou favorável à aprovação do texto. O deputado Mendonça Filho disse que a futura lei vai restringir a fusão de partidos e acabar com a “farra partidária”. Segundo ele, há uma indústria de criação de partidos no Brasil.
Para o líder do PHS, deputado Marcelo Aro (MG), contrariar o projeto é defender o “indefensável”.
– Não faz sentido montar partido para fundir e aumentar uma bancada já existente – disse.
Com as facilidades existentes, só na legislatura passada foram criadso quatro partidos; PSD, Solidariedade, PROS e PEN.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015


Renan anuncia votação de reforma política no Senado em março

Agência Brasil


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou hoje (10) que os projetos referentes à reforma política serão votados na Casa a partir da primeira semana de março. Assim, as proposições devem estar entre as primeiras a serem analisadas pelos senadores logo após o carnaval.
"Estou marcando as votações das proposições relativas à reforma política para a primeira semana de março, para a primeira semana logo após o carnaval. Algumas serão votadas aqui, no Senado, simultaneamente com votações na Câmara dos Deputados", anunciou Renan aos demais senadores.
Segundo o presidente, o Senado tem dez proposições legislativas sobre esse tema prontas para serem votadas, entre elas as que tratam de um novo modelo de financiamento de campanha, da proibição das coligações nas eleições proporcionais, da duração dos mandatos do Executivo, do percentual de vagas reservadas às mulheres e da desincompatibilização dos chefes do Executivo que tentam a reeleição.
"Eu já disse e queria repetir: ou nós reformamos a política ou todos seremos, literalmente, reformados", disse o presidente do Senado. Ele lembrou que outras iniciativas foram aprovadas recentemente, como reduzir as situações de voto secreto no Congresso e o agravamento de crimes de corrupção. "Seguimos, como todos sabem, devendo à sociedade uma reforma orgânica que mereça esse nome", disse.
Se antecipando ao debate, o presidente do Senado criticou a proposta de financiamento público de campanha por considerá-lo "impraticável", mas defendeu que seja imposto um teto para as doações. E defendeu a revisão do atual sistema proporcional, considerado por ele "anacrônico". "Ninguém entende mesmo como um candidato com 700 votos, com 400 votos e até com 275 votos, como já ocorreu, assuma um mandato na Câmara dos Deputados. O voto transferível, é uma deformação que estimula as legendas de aluguel", definiu.
Renan anunciou ainda que a partir de março serão retomadas as sessões temáticas, em que especialistas são convidados para debater com os senadores sobre assuntos relevantes que estejam em pauta na Casa ou pendentes de deliberações. As primeiras sessões temáticas deverão tratar da reforma política, de segurança pública e das crises hídrica e elétrica.
O presidente do Senado anunciou, ainda, outras medidas como a convocação de sessão do Congresso para apreciação de vetos no dia 24 de março, com votação de resolução que muda as regras para votação dos vetos; sessão de promulgação da Proposta de Emenda à Constituição da Ciência e Tecnologia, com presença do ministro Aldo Rebelo; e a instalação da Comissão Parlamentar Mista Permanente de Acompanhamento da Violência contra a Mulher.

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