domingo, 3 de maio de 2009

Congresso prepara ressurreição da reforma política

O Legislativo tentará, nesta semana, mudar de assunto.



Deseja arrancar das manchetes as transgressões éticas.



Em troca, vai oferecer o debate sobre reforma política.



Na mesa, proposta formulada por uma comissão de deputados.



Coordenou-a o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).



Pretende-se reservar a sessão de quarta (6) para esmiuçar o projeto.



Diz-se que há muito por reformar no sistema eleitoral brasileiro.



Mas o grupo sugere que os colegas se concentrem num par de temas:



1. Voto em lista;



2. Financiamento público das campanhas.



A prevalecer o item 1, o eleitor deixará de optar pelo candidato de sua preferência.



No encontro com as urnas, passará a votar apenas nas legendas.



Somados os votos, elegem-se os candidatos escolhidos previamente pelos partidos.



Quanto mais votos obtiver uma agremiação, maior o número de eleitos de sua lista.



Quem elabora a relação de candidatos? As cúpulas partidárias.



Vingando o item 2, o custeio das campanhas passaria a ser bancado pela Viúva.



Os partidos ficarão proibidos de correr o chapéu defronte de guichês privados.



Deseja-se, em suma, o seguinte:



Que o eleitor pague por um pleito no qual lhe será negado o gostinho de optar por este ou por aquele candidato.



A isso se resumiu a reforma política urdida nos subterrâneos do Congresso.



O par de idéias tem o apoio dos partidos que importam: PMDB, PT, PSDB e DEM.



Se levadas a voto, não são negligenciáveis as chances de que passem.



“Precisamos aprovar até o final de setembro”, diz Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM.



Explica-se: para que possam vigorar em 2010, as novas regras precisam vir à luz um ano antes da eleição.



Na dúvida, a Justiça Eleitoral esboça regras mais rígidas para o manuseio de verbas em 2010.

Escrito por Josias de Souza às 04h47

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial

>